O homem que escreveu os primeiros escritos decididamente anarquistas. Hostil à autoridade da Igreja e do Estado. Não somente da realeza, mas do Estado, dos seus «oficiais», agentes da justiça, senhores feudais. Sonha com uma pequena república camponesa, sem outra autoridade mais do que o bom senso, da tradição e da natureza. Quer abolir a propriedade e o casamento. Estranho à lei. Na realidade se ele não é ainda anarquista, ele merece o nome de precursor. Este homem é o padre Jean Meslier.
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Os princípios que fundaram a prisão eram princípios filantrópicos: o delinquente, durante o seu cativeiro, iria refletir, emendar-se, regenerar-se. A história, porém, passou por cima destas lamentáveis patranhas. Só se pode edificar a utopia com base num absoluto rigor intelectual; ora o encarceramento baseia-se na «esperança de que as coisas hão-de melhorar depois», quer dizer, em nada de inteligível.
Mesmo se se simular um certo desprendimento, da primeira vez é- se colhido por um nojo violento, pela impressão duma total perda de dignidade. É precisamente a isso, e só a isso, que se quer reduzir o indivíduo atirado para dentro duma prisão: fazer-lhe sentir que não passa duma merda insignificante.